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sábado, 15 de maio de 2010

Lançamento do Projeto - Pesquisa da Realidade

Projeto de Pesquisa
Há mais de 20 anos, o debate sobre o meio-ambiente e as condições de vida da comunidade já estavam na pauta! A foto acima, trazida pela educanda Ivete (1D), nos mostra isso; são estudantes da 8ª série da EMEF Moacyr Ramos Martins, em meados da década de 80, protestando contra a proximidade do lixão municipal dos moradores daqui.
De lá para cá, muita coisa mudou. O lixão não está mais ali, apesar de ainda continuar sendo um grave problema em nossa cidade.
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Queremos, com esse pequeno exemplo, mostrar que SIM, temos história. Mesmo que em alguns momentos nem "nos coloquem no mapa", aqui na União das Vilas há muitas histórias esperando para ser descbertas e contadas. Esse é o nosso desafio daqui pra frente no Projeto de Pesquisa das etapas 1C e 1D.
No lançamento do Projeto com a turma 1D, a educadora Ediles, vice-diretora do turno da Tarde esteve conosco conversando sobre a importância do ato de pesquisar dentro de nossa proposta de escola. Resgatando elementos do pensamento de Paulo Freire e da práxis dos 9 anos de IEPF na União das Vilas, ela contribuiu com nossa reflexão .

Com este lançamento foi possível devolver várias questões levantadas pelas próprias Etapas 1C e 1D, fortalecendo o desafio coletivo de construir conhecimento a partir da realidade, com o objetivo de compreendê-la e, compreendendo, intervir.
"Eu tô gostando de estudar aqui. Eu, na minha idade, ativei a minha mente. Eu tô começando a pensar e analisar um monte de coisa que antes eu não via." Tânia Regina dos Santos, 49 anos, educanda da 1D

Com declarações marcantes como essa acima, formalizamos também os eixos que orientarão nosso trabalho, as ferramentas e metodologias de pesquisa que estarão ao nosso alcance e algumas possibilidades de divulgação dos resultados. Com a turma 1 C a apresentação foi na aula de sexta-feira, dia 14/05.
PROJETO ETAPA 1
Por ora, vamos listar os temas e os/as pesquisadores/as selecionados para cada questão. Confira:

1 - Início da Ocupação
Any, Jéssica, Vanessa e Ariane
2 - Trevo da Morte e DNER
Kimberly, Kariele, Keiti, Diovana e Graciely.
3 - Indicadores sociais
Tieli, Ana Paula, Ana Claudia, Joyce
4 – Inventário de estabelecimentos comerciais, culturais e religiosos (2 grupos)
Romário, Djaime, Éverton, Danilo, Joantan, Eduardo.
5 – PROMORAR e Salso
Andrew, Roger, Kenedy, Alexandra.
6 – PROFICAR e ÁREAS VERDES
Carlos Eduardo, Stéfani, Anderson, Taine, Elias
7 – Lot. Dona LAURA
Rosane, Tâmina, Flora, Lenir
8 – Chácara do Sol
Bianca, Jéssica, Renan, Carol.
9 – São Cristóvão e Nova Esperança
Vanderléia, Érica, Francieli, Andressa.
10 – Horta Pública
Alisson, Ivete, Dalete, Tânia
11 – Progresso e Cristal
Tatiane, Joana, Pablo, Angélica
12 – Logradouros principais (ruas, alamedas, becos, etc...)
Juliana, Biatriz, Débora.
Bom Trabalho!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

RACISMO

Talvez poucos tenham conhecido o programa de humor "Os Trapalhões".
No quadro que veremos a seguir, de forma bem humorada, como o racismo pode se manifestar de formas sutis na vida das pessoas.



Também quero repartir outro vídeo. É uma animação sobre a história de Zumbi dos Palmares; uma personalidade que vale a pena conhecer, apresentada de forma breve, mas fácil de entender:

 

Analisa os vídeos acima e deixa um comentário, dentro do contexto de nossos últimos debates em sala de aula! (principalmente turmas 1C, 1D e 2B; mas o espaço é de todo mundo que queira contribuir com esse debate!) Mãos à obra!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Presença Negra: conflitos e encontros:

O título acima dá nome ao artigo de João José Reis do qual conhecemos um  trecho no livro Geografia - Vol 1 Ensino Médio, de autoria de João Carlos Moreira e Eustáquio Sene (Ed. Scipione; São Paulo, 2005).
A partir de nossas leituras, fomos conhecendo alguns condicionantes históricos que construiram a sociedade brasileira com as marcas da diversidade, mas também marcada pela segregação.
Com as palavras de João José Reis, reproduzidas nas páginas 32 e 33 do nosso livro-texto (SENE e MOREIRA. Geografia - Ens Médio - Vol 1, Ed Scipione, São Paulo,2005), compreendemos que o fim da escravidão no Brasil lançou a população negra a um beco sem saída. Alguns autores chegam a afirmar que a Abolição foi, na verdade, uma tentativa d ese livrar dos cativos, num momento de extremo racismo em que as elites buscavam o "branqueamento" da população brasileria.

Dentro desse contexto é fácil perceber por que a população negra, ao longo de todo o século XX, figurou nas estatísticas mais negativas quanto à qualidade de vida.

E, com o apoio do nosso debate em aula, foi possível confirmar que a situação persiste até os nosso dias.

Quando lemos a entrevista de Kabengele Munaga, Professor Titular do Departamento de Antropologia da USP, (pág. 37 e 38) foi possível reviver, lembrar e dar-se conta do papel da escola - da educação -  para romper ou manter o racismo e a discriminação. Precisamos desvelar a história e a cultura afrobrasileira como matriz indissociável daquilo que somos hoje.

Abaixo, aguardo teu comentário, opinião ou conclusão sobre estes temas.
PARTICIPA!
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*Sobre Racismo e o conceito de Raça, leia mais AQUI e depois procure a professora Adriane de Ciências da Natureza, ela vai  contribuir muito nesse debate!

*Sobre a prática de racismo nos EUA e o uso de crianças negras como iscas para jacaré, leia o excelente texto de Walter Passos AQUI.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Projeto de Pesquisa 1ª Etapa - 1C e 1D

As primeiras etapas da tarde, trabalhando o foco "Compreensão da Realidade do Ponto de Vista do Desenvolvimento" estão investigando a(s) História(s) da União das Vilas.
O projeto será lançado dia 11/05, mas as turmas já estão se preparando e descobrindo muitas coisas!

Repara nessa foto, trazida pelo Diego, da 1C:
Observando a imagem foi possível identificar o local e alguns elementos diferentes nos permitiram estimar, aproximadamente, a data provável deste registro.
Já foi um baita exercício de pesquisa!

Hoje (29/04), tentamos reproduzir a mesma imagem para compararmos as modificações.

Para tentar montar o novo quadro da rua, fotografamos alguns ângulos diferentes também...
Comparem e registrem as mudanças que são possíveis perceber na paisagem.

E aguardem! Em MAIO a pesqusia começa pra valer! Vem muita coisa legal por aí!

sábado, 17 de abril de 2010

Calendário e contagem do tempo!

Já conversamos sobre as diferentes formas de contar o tempo. Existem várias maneiras de contar o tempo utilizadas por diversos povos.

Em geral as formas de contar o tempo já conhecidas baseiam-se nos movmentos dos principais astros aparentes na face da Terra: o sol e a lua.

A unidade básica principal é o ANO, que equivale ao tempo aproximado que a Terra demora para fazer uma volta completa em torno do Sol. Na verdade, o tempo mais exato é 365 dias, 5 horas, 49 minutos e 12 segundos. Para corrigir essa "sobra" foram criados os anos bissextos, aqueles em que o mês de fevereiro tem 29 dias.

Mas então, se o SOL e a TERRA são as mesmas para todos os povos, porque existem diferentes calendários? Ora, isso é fácil de entender quando pensamos que a organização do tempo em datas é uma escolha, uma decisão arbitrária e que cada cultura escolheu o seu jeito.

Calendário Maia

Nós vivemos no calendário chamado de Gregoriano, instituído em 1582, pelo Papa Gregório XIII em substituição (ou adaptação) ao calendário Juliano - instituído por Júlio César, no ano 46 a.C. Por sua vez, Julio César aprimorou o Calendário Romano, criado junto com a fundação da lendária e mitológica Roma.
Desta forma foi a sucessão até o nosso calendário. Lembrando que o ano solar de 365 dias foi uma contribuição dos egípcios, também encontrada em calendários pré-colombianos, e a semana de sete dias vem do calendário hebraico.

Mas a questão feita em aula é a seguinte: se nosso calendário começa no Ano 1, que seria o nascimento de Cristo, porque comemoramos o Natal só em 25 de dezembro?
Ora, muito simples!
Primeiro que o dia exato do nascimento de Jesus não é conhecido, a data de 25 de dezembro foi definida pela Igreja Católica no séc III (no Ocidente) e no século IV (no Oriente). A intenção era "cristianizar" algumas festas milenares e tradicionais; algumas de povos muito antigos que vieram chegando através dos festejos persas em honra ao nascimento do Deus Mitra (o Sol da Verdade) e festas romanas como a Saturnalia, que comemorava o início do inverno no hemisfério Norte. A leitura de textos da Bíblia onde relatam o nascimento de Jesus já colocam em dúvidas se ele, de fato, teria nascido nessa época do ano - que é o inverno lá.

E outra coisa, o próprio Nascimento de Cristo ocorre em ano controverso. Atribuido ao ano 753 da Era Romana (contada a partir da fundação de Roma), estudos posteriores, realizados no ano 1286 da Fundação de Roma levaram a afirmação de que aquele era o ano 532 do nascimento de Cristo; ou seja implantando a a  Era Cristã, dividida em a.C e d.C.
O problema é que, novos estudos e novas evidências levaram a algumas suspeitas sobre essa data e, hoje, estima-se que Jesus tenha nascido, na verdade, de 4 a 7 anos antes do que se pensava inicialmente.

Ou seja: tudo foi contado, reconatdo e definido bem depois que Cristo nasceu e morreu!

Parece complicado? Então pede pro professor da Sala 4 te explicar um pouco sobre as determinações e unidades astrológicas utilizadas para contar o tempo. Aí sim tu vai ver o que é complicado...

Abração pra todo mundo! Nosso debate segue na aula!

Curiosidades:
- o dia do descanso (cristão, judaico e islâmico)
- os nomes dos meses
- os ossos da mão e o número de dias de cada mão

Muitos outros detalhes e informações podem ser vistos AQUI, em material utilizado pelo Museu de Topografia da UFRGS
Sobre a polêmica em torno da data do Natal há um bom texto explicativo na Wiki. E mais outras informações AQUI.

E o Papai Noel? Alguém sabe dizer como ele "nasceu"?

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Espaço geográfico e a nossa história!

Na última semana começamos a construir nosso projeto de pesquisa da "Pesquisa da Realidade e Construção da Identidade" com as 1ªs. etapas da tarde (1 C e 1 D).
Vamos aplicar os diversos conceitos e conhecimentos discutidos nas aulas de História e Geografia para pesquisar as origens, as características e as perspectivas da nossa União das Vilas - além, é claro, de sempre que necessário, iremos bater nas portas das outras aulas para buscar o apoio das diferentes Áreas do Conhecimento !

Começamos conversando sobre as histórias que já conhecemos; depois fomos tentando lembrar das mudanças ocorridas em nossa comunidade nos últimos anos: novas construções, novas ruas, coisas que deixaram de existir ou mudaram de lugar, etc... Depois analisamos algumas afirmações já realizadas por outra turma em pesquisa realizada algum tempo atrás. A partir disso, começamos a formular novas questões e indicar outra spistas e fontes que ajudarão no nosso trabalho dos próximos meses.

INSTITUTO ESTADUAL PAULO FREIRE
Pesquisa da Realidade
Resgate da História Local

Os dados e informações abaixo foram obtidos através de visitas a moradores/as da comunidade e em levantamentos feitos em sala de aula. (3ª etapa - 2005)

 Identificamos que o primeiro ponto de habitação onde hoje é a União das Vilas deve ter mais de 40 anos, com granjas e chácaras espalhadas por esta área da cidade.

 O primeiro foco de urbanização ocorreu na área em volta de onde fica o Centro Comunitário Riperto Carús, há cerca de 25 anos (início dos anos 80, a PROMORAR).

 Quem inaugurou a PROMORAR foi o prefeito da época, Carús, e os lotes foram dados por sorteio.

 A PROFICAR foi povoada a partir da migração de populações ribeirinhas em um período de forte cheia do Rio Uruguai (1983-1985), grande parte dos moradores têm familiares em bairros como Marduque, Tarragô, etc...

 "A PROFICAR os terrenos foram dados para as pessoas que ficaram na água". Parece que havia uma taxa que era a compra da casa, o terreno era dado, mas segundo dizem os moradores mais antigos , a casa não valia nada, o valor mesmo era pelo terreno.

 Nesta época, não tinha ônibus, água, escola...

 Antes da fundação do Moacyr Ramos Martins a opção para que a comunidade pudesse estudar era a Escola Lilia Guimarães. Havia um ônibus que fazia esta linha específica, ligando a comunidade àquela escola.

 Quando começou a vila houve a visita de um Ministro do Governo Figueiredo, Ministro dos Transportes Cloraldino Severo, responsável por algumas obras como o asfalto que passa(va) pelo lado do Moacyr e ia até onde hoje é a DEFREC.

 A entrada da Vila era mais lá pelo lado do Paulo Freire, o prefeito que comprou uma terras do DNER e fez esta outra entrada.

 TREVO DA MORTE - era a principal saída da cidade, tinha um fluxo intenso até meados dos anos 80. Quando fizeram a COHAB, fizeram os outros trevos e este perdeu importância e fluxo.

 Quando começou a vila a CORSAN não conseguia fazer a água chegar nas casas; não tinha força nas máquinas. Lá por 1990 a CORSAN colocou uma bomba na esquina da Flores da Cunha com Setembrino de Carvalho para "bombear" água para este lado da cidade e construi o reservatório aqui na vila, a partir daí regularizou o abastecimento de água. (Mas fala-se que até pouco tempo a água ainda não tinha força, nem quantidade suficiente para a comunidade).

 O famoso Armazém do 40, ponto de referência até hoje para a comunidade, atendeu de 1982 até 2001. O proprietário, Sr. Alci Borges, comerciante pioneiro nesta região da cidade, ficou conhecido pelo numero que o identificava no quartel, o 40.

 O seu comércio virou referência, fazendo surgir ao seu redor o ponto de táxi e sendo marca do final da linha de ônibus nesta área da cidade.

 
 
 
 
 
 
 
 



As fotos desta postagem são da turma 1 C em ação! Na Sala 3 e na Sala Digital!
 
Está vindo muita coisa por aí!