domingo, 23 de outubro de 2011

DOCUMENTÁRIO: Pequeno grão de Areia

Reproduzo aqui este documentário para @s companheir@s do IEPF, que ano após ano permanecem grão de areia , firmes na luta, pedra no sapato de quem quer mordaças e anestesias no lugar de educação libertadora!

Lucidez e força na construção da Greve!

À LUTA!

Parte 1 / 5


Parte 2 / 5


Parte 3 / 5


Parte 4 / 5


Parte 5 / 5



P.S.: O que pensam e fazem hoje aqueles e aquelas em quem já acreditamos e tivemos esperança?
Entre tantas mazelas, pelo menos nos comprovam que só a luta muda a vida !

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O debate em torno do desenvolvimento e do ambiente

Estamos vivendo um tempo em que muito se fala de ambiente. Meio-ambiente, ambiente inteiro...
Nosso foco na etapa 3 debate o tema das "relações do ser humano com o conjunto da natureza e o processo produtivo numa perspectiva ética e humanista". A partir deste enfoque nos aproximamos de um conceito relativamente novo, mas altamente debatido nos dias de hoje: a sustentabilidade.

A  sustentabilidade ou a noção de desenvolvimento sustentável é um conceito que vem amadurecendo e ganhando espaço nos últimos anos. Sobretudo a partir da RIO 92 (ou ECO 92) a concepção ganha força e repercussão mundial.

Antes, na Conferência de Estocolmo 1972, o debate girava em torno da disputa entre as teses do desenvolvimento zero e do desenvolvimento a qualquer custo.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

terça-feira, 19 de outubro de 2010

A Guerra Fria

Informação e seleção de imagem - por Jéssica Brum

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Globalização: Aldeia Global?

Discutindo algumas questões acerca da Globalização e do processo de Mundialização, a etapa 5 avaliou os limites do tal sistema globalizado. Globalização que não atinge o mundo de maneira igualitária.

*Caso precise, clica nas imagens acima para ver ampliado.
Globalização - por Andreza Camargo e Daiane Moraes

Entende-se por globalização o processo de aprofundamento da integração econômica, social, cultural e política.

A partir disso podemos dizer que a globalização gira em torno do capital, mercadorias, pessoas e informações.

A globalização atinge todo o planeta mas não é igual para todos. Alguns são mais globalizados que os outros.
Podemos dizer que a globalização não é “global”, pois, por exemplobém há o exemplo do uso de computadores e informática dos quais muitas pessoas estão excluídas pois não são alfabetizadas e não sabem utilizar as tecnologias que o mundo oferece.
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Bibliografia de referência:
MOREIRA, João Carlos e SCENE, Eustáquio. Geografia – Volume 3 – São Paulo: Scipione, 2005.

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QUESTÕES (página 77)
1) Como está distribuído o acesso à rede de linhas telefônicas e à Internet no mundo?
 
2) Por que não faz sentido falar em aldeia global, como se o mundo estivesse integrado como um todo?
 
3) Mesmo que toda a população do mundo repentinamente tivesse acesso a avançados sistemas de telecomunicações e a modernos computadores não se resolveria o que vem sendo chamado de exclusão digital. Por quê?
 
Responder nos comentários

sexta-feira, 2 de julho de 2010

ESQUERDA E DIREITA!

Em nossos debates sobre Políticas Públicas, nos deparamos frequentemente com os conceitos de "esquerda" e "direita". Mas afinal, o que significam estes termos? E de onde surgiram estas denominações?

Com a ajuda das leituras em nosso livro de História (o Azul) e alguma pesquisa na internet, poderemos debater sobre isso e diferenciar estas duas posturas político-ideológicas. E lembrando do que Paulo Freire sempre falava: "Não existe neutralidade! Toda neutralidade é uma opção disfarçada" - ou ingênua, ou até inconsciente!

Muitas vezes nos deparamos com "analistas" políticos chamados de "isentos", economistas e cientistas "isentos" em diversos noticiários e canais de comunicação. "Isento", aliás, parece estar se tornando quase um sinônimo de "fascista", "conservador" ou "de direita". Sobre a confusão (premeditada?) qeu alguns insistem em fazer com as ideias políticas, LEIA uma postagem AQUI (noutro blog).


quinta-feira, 1 de julho de 2010

Kabengele Munanga

Em nossos debates sobre negritude e africanidades no Brasil aproveitamos uma entrevista com o Professor Kabengele Munanga, antropólogo da USP. Pois agora, na véspera de seu aniversário de 70anos, vamos conhecer um pouco mais sobre ele no texto de Flávio Jorge Rodrigues da Silva.

Kabengele Munanga, 70 anos: Ao mestre com carinho!

Kabengele Munanga, professor universitário e integrante do Conselho Editorial da Revista Teoria e Debate,  completa 70 anos no dia 2 de julho de 2010. Na foto acima, está entre Flávio Jorge e Matilde Ribeiro.
 

Em 1979, estudantes negros, homens e mulheres, criaram na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo o Grupo Negro da PUC. Fiz parte desse grupo.
Éramos jovens que estávamos adquirindo a comprensão de que havia uma luta a ser travada a favor do direitos da população negra no Brasil e o espaço universitário, apesar de sermos poucos nele, era estratégico para essa perspectiva. No início de nossas conversas partimos de uma posição critica aos processos de cooptação da ideologia do embranquecimento, para a sustenção do mito ainda vigente da existência da democracia racial.
Em paralelo a construção coletiva de uma consciência política, a consciência negra, percebemos que o interesse pelo estudo e pela pesquisa também era uma instrumento importante para a constituição de um movimento negro em nosso país.
O grupo conseguiu se manter até o ano de 1988. Durante esses anos tivemos contato com Kabengele Munanga, um negro africano, que começava a dar aulas na Universidade de São Paulo. Conhecermos um negro, nascido no Continente Africano e ainda Professor da USP (se isso é coisa rara nos dias atuais imaginem nas décadas de 80/90) foi motivo de muito orgulho para aquele grupo de jovens.
Aprendemos muito com o Mestre Kabengele. Principalmente algo que vivenciamos de perto – a dificuldade do acesso do negro a educação. Que o conhecimento é fundamental para a busca de políticas e alternativas para o combate e  a superação  do preconceito, a discriminação e o racismo em nossa sociedade.
O mestre continua ao nosso lado. É um dos principais apoiadores da implementação das políticas de ações afirmativas no Brasíl, entre elas as das cotas raciais para negros e negras em nossas universidades.
Kabengele Munanga está completando 70 anos de vida. Ao mestre nosso carinho!

*Flávio Jorge Rodrigues da Silva, diretor da Fundação Perseu Abramo e um dos coordenadores da SOWETO – Organização Negra, filiada à Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN)

Sobre os debates em torno das políticas afirmativas e, em especial do Estatuto da Igualdade Racial veja mais AQUI.

sábado, 19 de junho de 2010

SEMINÁRIO de conclusão de etapas


"O seminário não é feito somente para o professor, mas essencialmente para a turma de alunos. Ele não é uma leitura de um texto, mas sim uma troca de idéias entre quem apresenta e quem o assiste."
Conheça o texto de onde foi extraído o fragmento acima.

E em 2010, começamos com os Seminários neste sábado, 19 de junho.
Nós do turno da tarde, começamos as 9horas da manhã de sábado, com as apresentações da Etapa 5B.

Os dois trabalhos tiveram assessoria direta das àreas das Ciências Humanas e das Ciências da Natureza, além de contribuições da àrea das Linguagens. Conheçam os temas abordados pelos finalistas:
SANEAMENTO BÁSICO
Carlos Alexandre Lazzeri, Caroline Medeiros Alfaro, Cristiane Suelen Lanzzanova Esquivel, Flávia de Moura Witt e Mônica Andressa Morais dos Santos.
O grupo apresentou um bom material com informações e imagens sobre o processo de saneamento básico, resgatando um pouco da história do esgotamento sanitário no Brasil e em Uruguaiana; trouxe para o coletivo um pouco das diretrizes da Política Nacional de Saneamento Básico, implementada por Lei Federal desde 2007, pelo Governo Lula.

Na rodada de debates foi possível aprofundar um pouco as questões locais, aqui da cidade, em que vivemos, nos últimos anos, uma ameaça de privatização dos serviços de abastecimento de água e tratamento de esgoto e também vemos fortes questionamentos por parte da prefeitura em relação a CORSAN.

Na realização deste trabalho, o grupo visitou e conheceu a ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) instalada em Uruguaiana; explicaram o processo de decantação através do uso de bactérias aeróbicas e anaeróbicas e descobriram que, infelizmente, um aparte bem pequena da população da cidade é atendida pela coleta e tratamento de esgoto. Isto tem reflexos dramáticos nas estatísticas de saúde pública, como foi bem lembrado pelo grupo.

Abaixo fica um pouco dos materiais que o grupo utilizou (slides Power Point)
Saneamento Básico


ORÇAMENTO PARTICIPATIVO
Aline dos Santos Rodrigues, Eva Lissara Messa Estigarribia, Leonel Setembrino da Silva Junior, Pâmela Ferreira Jouglard e Paloma Rozane da Silva Souza.
Abordando questões fundamentais para se entender o orçamento, o grupo utilizou conceitos de economia e finanças públicas de maneira a apresentar algumas diferenças entre o processo "tradicional" de se construir o orçamento e o processo de participação realizado por algumas administrações, chamado de Orçamento Participativo.

Apresentram conceitos como democracia participativa, orçamento público, receitas e despesas.
Mostraram um vídeo de divulgação do processo de OP da cidade paulista de Guarulhos - assista abaixo - e contaram um pouco da organização da experiência de Porto Alegre, cidade que já foi conhecida como Capital Mundial da Democracia Participativa.
No momento do debate foi possível aprender muito mais sobre a organização do Estado /Governo, as competências administrativas e as diferentes concepções políticas em torno do tema (esquerda/direita).

Rodada de debates entre os grupos e o coletivo de educadores/as.

Enfim, foi uma manhã de muitas aprendizagens! Valeu!

sábado, 5 de junho de 2010

Semana 07 a 11 de junho!

Nesta semana estarei participando do Curso Lições do Rio Grande, mas para quem fica na escola ainda há o que fazer. Confira as tarefas de cada turma:

ETAPA 1 - Tarefas variadas de cada grupo, dando sequência ao Projeto de Pesquisa sobre a União das Vilas. Reveja o Projeto AQUI!

ETAPA 2 - Levantamentos de conceitos sobre a questão fundiária brasileira indicados na última aula: SESMARIAS, LEI DE TERRAS, LIGAS CAMPONESAS, LATIFÚNDIO.
E, sobre outro assunto trabalhado anteriormente, falta comentar AQUI.

ETAPA 3 - Preparação para avaliação do dia 15/06. Os assuntos foram trabalhados nas pesquisas (veja AQUI) e podem ser retomados na bibliografia indicada - MOREIRA e SCENE. Geografia, volume 1: Ensino Médio - Editora Scipione; São Paulo, 2005. Páginas 128, 143 a 157.

ETAPA 5 - Aprofundar leitura e reflexão sobre Globalização. E deixar comentário na postagem indicada (Globalização, capitalismo e crise). Não esqueçam o prazo!

Quem estiver passando pelo blog, com as tarefas cumpridas, pode aproveitar para conhecer um pouco mais do educador Paulo freire, nas entrevistas postadas aqui ao lado, no nosso I-pod.


E ainda temos os Relatos de Conclusão de Etapa (1C e 1D) e os
 Seminários de Conclusão de Etapa (2B, 3C e 5B).
Não percam a cabeça, hein?
Nem os prazos de entrega e apresentação!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Globalização, capitalismo e crise (não necessariamente nessa mesma ordem)


Leia texto do historiador Éric Hobsbawm, em que ele fala sobre a crise financeira internacional que eclodiu desde o fim de 2008, sobre os impactos que ela teve sobre a globalização e o desenvolvimento diferenciado dos países pelo globo. Segundo ele, "a forma que terá o mundo depois desta crise segue sendo algo bastante incerto".



A terceira crise
Éric Hobsbawm *
Outra vez, estamos diante de uma crise fundamental do capitalismo. Evidentemente, o laissez-faire sempre foi o princípio fundamental do capitalismo, chamado também de livre mercado, de não intervenção política no mercado, ou livre movimento dos diferentes fatores econômicos. Esse princípio já estava globalmente generalizado na metade do século XIX.

A novidade desde os anos 70, no meu modo de ver, é que a economia mundial se globalizou, não só porque as divisas ou outros meios financeiros foram negociados internacionalmente como antes, assim como importações e exportações, mas sim porque também a produção sofreu um giro internacional e/ou multinacional. Apesar de tudo, a novidade não foi a volta do laissez-faire, o livre mercado, mas sim, a forma como ele reaparecia, convertido em um novo dogma.

A maioria dos economistas não acreditava que o capitalismo se desenvolvia a partir de uma crise constante. Acreditavam que o livre mercado sempre resolve racionalmente os problemas que cria. Consequentemente, supunha-se que se generalizaria não apenas um crescimento econômico máximo, como também um bem-estar máximo do conjunto da população. Os seres humanos são indivíduos e agentes racionais num mercado que tem sua própria racionalidade. Por isso, não deveria haver dificuldades, não fosse a intervenção dos Estados, dos políticos ou de outros atores de fora do mercado.

Parece inacreditável, hoje, mas é fato que a maioria dos economistas acreditou nisso, fervorosamente, durante mais de 30 anos. Ademais, venderam como receita política.

Creio que é justamente por isso que a crise atual pareceu surpreender a todos. Não por ter chegado, mas pelo momento em que se deu. Era bastante evidente que o modelo de desenvolvimento que havia não poderia durar eternamente, mas quanto tempo duraria não era previsível. O desaparecimento da União Soviética, provavelmente, prolongou essa tendência e facilitou o trajeto pelo qual a maioria dos países caía no programa neoliberal.

A saída da crise

Toda essa gente, hoje, não tem uma solução nas mãos. Sabem que chegaram ao seu limite, sabem que o mercado puro e livre não pode funcionar mais tempo assim – e tudo isso sem falar na questão ecológica!

Agora é fato que os governos têm que intervir, mas não sabem como, se a única coisa que eles têm nas mãos é o recurso que ensaiaram nos anos 30, e que, mesmo então, não teve êxito imediato. A crise econômica mundial que se instalou em 1929 durou uns tantos anos. Depois de tudo, foi a guerra que terminou com ela, e não a possibilidade de evitar a guerra.

Se hoje em dia vivemos uma crise semelhante, ela não se acabará no próximo ano ou no seguinte, ainda que a situação melhore algum dia, assim como depois de 1932 melhorou em âmbito mundial.

Mas para uma mudança de direção permanente, no sentido de uma nova economia mundial, será preciso muito tempo, e isso se complica ainda mais pela situação internacional. Macabramente, isso era diferente nos anos 30, já que havia internacionalmente um programa para a solução da crise: a preparação da guerra.

Hoje em dia, não é esse o caso. A forma que terá o mundo depois desta crise segue sendo algo bastante incerto.

As grandes crises que houve não são similares. A primeira, do fim do século XIX, desde a perspectiva moderna, não era uma crise, exceto para a agricultura e para os setores cujos preços caíram em decorrência dela. Os preços caíram um terço, e a agricultura era, nesse momento, claro, uma parte muito importante de todas as economias. Por outro lado, o mercado mundial e os investimentos estavam seguindo adiante, a produção aumentou enormemente. E mais: esse foi o momento em que a indústria da Inglaterra se expandiu pra outros centros. O que então fazia com que economistas como Marshall fossem pessimistas era a queda de preços, dos rendimentos e juros. Nessa situação, não se sabia como poderiam voltar os “bons tempos”. Claro que também nessa crise quem pagava era quem sofria e passava aperto.

A terceira das grandes crises, que enfrentamos hoje, está se desenvolvendo numa situação global muito diferente. Em primeiro lugar, a economia mundial se deslocou fortemente. Os centros ocidentais ainda são muito importantes. Têm um capital imenso, quase garantido, não só industrial, mas também de formação e mentalidade, e ademais, seguem sendo os com mais riqueza per capita. Mas o grande problema da nova crise é a retirada relativa dos grandes centros pelo deslocamento da produção e também dos serviços de alta qualidade para outros países. Creio que, para muitas pessoas, nos países ocidentais, as perspectivas para o século XXI são muito menos otimistas que do que para as populações dos grandes países em desenvolvimento no Oriente. É possível que não haja colapso, mas o fato da retirada, e isso também vale para a Europa, não se pode negar. Inclusive, é certo para os Estados Unidos.

Desdobramentos

Qual será o impacto político? Esse é o grande problema. A esquerda, cuja base social era a classe trabalhadora, praticamente já não existe nos países desenvolvidos.

O Brasil é um exemplo muito bom de um movimento que, para mim, como historiador, lembra-me muito o fim do século XIX na Europa: existe um vínculo entre o movimento operário das grandes indústrias com o de outros trabalhadores, com ideologia de esquerda, inclusive com os intelectuais, que dá lugar a um partido de massas. Esse, ao final, consegue levar seu principal líder ao poder, o qual é um dos poucos que foram, originalmente, de fato, proletário. Pode-se criticar muito o Lula, mas ele se corresponde com as esperanças que surgiram então na Europa. Isso não é revolucionário, mas também não o foi grande parte do movimento proletário na Europa. Queriam algo melhor que o capitalismo, mas a revolução no velho sentido não estava na ordem do dia no ocidente, nem na Europa central ou oriental, pelo menos, desde meados do século XIX. De todo modo, existe ainda um movimento de trabalhadores, mas a novidade é que a ideologia de esquerda, a ideologia originária do Iluminismo, de melhorar o ser humano e o mundo, essa ideologia teoricamente universal se viu seriamente afetada, assim como a base de massas desse movimento, e já não existe. Nem em sua forma comunista, nem na social-democrata – devem-se tratar ambas igualmente. Falou-se da crise do comunismo, que obviamente chegou ao seu final com a queda da União Soviética, mas a crise da social-democracia foi igualmente profunda e de fato ainda perdura.

E qual o resultado de tudo isso? Essas forças já não podem ser hegemônicas – mesmo que alguns partidos que haviam sido criações socialistas ainda existam, eles mudaram totalmente. O novo trabalhismo já não é o trabalhismo. Em alguns países, como a Alemanha, a tradição da social-democracia não se desenvolveu tanto quanto na Inglaterra, mas lá também mudou radicalmente. Contra tudo isso, vêm esses novos fenômenos: tenho medo porque, nos anos 30, não foi a esquerda a beneficiária da grande crise em boa parte da Europa, e sim, o contrário. Com exceção dos Estados Unidos, que giraram, naquele tempo, relativamente à esquerda, houve uma retração de toda a esquerda na Europa frente à ascensão do fascismo, de um movimento fascista que não podemos negar que tinha uma base social de massa. Assim era não só na Itália e na Alemanha, mas em países menores também. Disso, tenho medo.

Trata-se de movimentos que, em tese, não estão vinculados ao livre mercado. Nos últimos 50 anos, o conservadorismo e o livre mercado se aproximaram tanto que, nos Estados Unidos e na Europa, chegaram a ser praticamente a mesma coisa. Os conservadores são gente que insiste no livre mercado. Mas esse não é o caso da extrema direita, que não tem medo de romper tabus. A isso se acrescenta a insegurança total da ordem mundial.

Portanto, a curto prazo, não sou muito otimista. No transcurso dos próximos 20 ou 30 anos, será gerado um novo sistema mundial, assim, o capitalismo poderia continuar funcionando outros 30 ou 40 anos até que suas contradições internas se desenvolvam outra vez – a não ser que, enquanto isso, aconteçam catástrofes, o que nunca é impossível. Mas o que acontecerá com os interesses sociais das populações e dos povos, isso, absolutamente, não está claro.

De todo modo, pelo que sei, não há sociedade em que não exista o conceito de injustiça. Por isso, não deveria haver nenhuma em que pessoas não se indignem contra ela.



* Esse texto é parte de uma entrevista publicada na revista espanhola “El Viejo Topo” (www.elviejotopo.com) em dezembro de 2009. Originalmente publicada em alemão, no livro Zwischenwelten und Übergangszeiten. Interventionen und Wortmeldunge (traduzindo para o português, “Mundos Intermediários e Períodos de Transição. Intervenções e Mensagens.”), que contém artigos e entrevistas de Éric J. Hobsbawm e foi editado por Friedrich-Martin Balzer e Georg Fülberth, editora PapyRossa Verlag, Colônia, Alemanha.Tradução de Alessandra Terribili.

 Destaca fragmentos do texto que apontam elementos da relação GLOBALIZAÇÃO e CAPITALISMO.
 É possível relacionar este texto com as leituras de nossas últimas aulas? De que maneira? Em que contextos?
 Aponta as desigualdades percebidas no processo de globalização.
PENSA nessas [e em outras] questões e depois escreve um BOM TEXTO sobre o processo de globalização que vivemos atualmente. Apresenta tuas posições sobre este processo, com dados e informações nas quais te embasa.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

História afrobrasileira.

Após nossos debates, visita e muita leitura; a turma dividiu alguns temas para publicarmos um informativo. O resultado inicial é o seguinte:
QUILOMBOS
Quilombo era uma pequena África onde os negros procuravam resgatar suas raízes.
Inclusive abandonando os nomes recebidos dos escravistas e trocando por outros de origem africana.
Existiram vários quilombos no Brasil, entre os séculso XVI e XIX. O mais conhecido e mais famoso de todos foi o Quilombo dos Palmares.

A partir do século XVI o Quilombo dos Palmares tornou-se centro de resistência de milhares de negros e mulatos escravos fugitivos de fazendas e vilas do nordeste.
Palmares localizava-se em uma área montanhosa, de 150 Km de comprimento e 50Km de largura, na Serra da Barriga, nos estados de Alagoas e Pernambuco, próximo ao litoral, coberta de florestas de palmeiras, daí o nome palmares.

Palmares durou cerca de 100 anos, de 1590 a 1694, quando foi destruído.

Palmares e Zumbi são símbolos de resistência para os afrodescendentes, daí o dia 20 de novembro, data da morte de Zumbi, ter sido institutído como o Dia Nacional da Consciência Negra.
texto de Fernanda e Terezinha

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Racismo:esta luta é de todos.
O que é racismo?
Preconceito ou discriminação em relação a indivíduo considerado de outra raça!

Hoje no mundo em que vivemos nos deparamos com varios tipos de preconceitos,não só o racial,mas também o politico,religioso...e tantos outros...mas o racial continua sendo o maior deles.
Durante muito tempo o negro foi mal tratado e considerado inferior por causa, unicamengte, da cor de sua pele; foi escravizado, humilhado e muitas vezes, obrigado a adotar uma cultura e uma religião que não era a sua.
Os tempos mudaram, os pensamentos evoluiram, mas o negro continua cada dia sofrendo o mesmo preconceito e lutando para conquisatr seu espaço com dignidade.
Racismo: esta luta é de todos! Somente a partir de quando o ser humano começar a pensar e agir d emaneira diferente, acreditando que é possível, sim, conviver com as diferenças de todo tipo, poderemos começar a construção de um novo mundo; pois apesar das diferenças somos todos iguais.
por Luciélen.

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Sociedade Beneficente União Filhos Do trabalho (relato de Augusto)

A SBU foi fundada no dia 05 de abril de 1925 , por José Gomes do Nascimento no antigo colegio Central, ao lado da prefeitura de Uruguaiana e funcionou lá até 1927, quando foi adquirido o predio da familia Barbará no endereço atual Rua Iris Valls, 1889.

Lá foram realizadas muitas festas e bailes, sem nenhum tipo de preconceito. A Sociedade foi fundada com a intenção de proteger os negros logo após o fim da escravidão e porque naquela época os negros eram proibidos de frequentar os principais Clubes da cidade . E assim, tanto como os negros, a S B U ajudou também varios outros necessitados de ajuda financeira , médica e etc .

sábado, 15 de maio de 2010

Lançamento do Projeto - Pesquisa da Realidade

Projeto de Pesquisa
Há mais de 20 anos, o debate sobre o meio-ambiente e as condições de vida da comunidade já estavam na pauta! A foto acima, trazida pela educanda Ivete (1D), nos mostra isso; são estudantes da 8ª série da EMEF Moacyr Ramos Martins, em meados da década de 80, protestando contra a proximidade do lixão municipal dos moradores daqui.
De lá para cá, muita coisa mudou. O lixão não está mais ali, apesar de ainda continuar sendo um grave problema em nossa cidade.
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Queremos, com esse pequeno exemplo, mostrar que SIM, temos história. Mesmo que em alguns momentos nem "nos coloquem no mapa", aqui na União das Vilas há muitas histórias esperando para ser descbertas e contadas. Esse é o nosso desafio daqui pra frente no Projeto de Pesquisa das etapas 1C e 1D.
No lançamento do Projeto com a turma 1D, a educadora Ediles, vice-diretora do turno da Tarde esteve conosco conversando sobre a importância do ato de pesquisar dentro de nossa proposta de escola. Resgatando elementos do pensamento de Paulo Freire e da práxis dos 9 anos de IEPF na União das Vilas, ela contribuiu com nossa reflexão .

Com este lançamento foi possível devolver várias questões levantadas pelas próprias Etapas 1C e 1D, fortalecendo o desafio coletivo de construir conhecimento a partir da realidade, com o objetivo de compreendê-la e, compreendendo, intervir.
"Eu tô gostando de estudar aqui. Eu, na minha idade, ativei a minha mente. Eu tô começando a pensar e analisar um monte de coisa que antes eu não via." Tânia Regina dos Santos, 49 anos, educanda da 1D

Com declarações marcantes como essa acima, formalizamos também os eixos que orientarão nosso trabalho, as ferramentas e metodologias de pesquisa que estarão ao nosso alcance e algumas possibilidades de divulgação dos resultados. Com a turma 1 C a apresentação foi na aula de sexta-feira, dia 14/05.
PROJETO ETAPA 1
Por ora, vamos listar os temas e os/as pesquisadores/as selecionados para cada questão. Confira:

1 - Início da Ocupação
Any, Jéssica, Vanessa e Ariane
2 - Trevo da Morte e DNER
Kimberly, Kariele, Keiti, Diovana e Graciely.
3 - Indicadores sociais
Tieli, Ana Paula, Ana Claudia, Joyce
4 – Inventário de estabelecimentos comerciais, culturais e religiosos (2 grupos)
Romário, Djaime, Éverton, Danilo, Joantan, Eduardo.
5 – PROMORAR e Salso
Andrew, Roger, Kenedy, Alexandra.
6 – PROFICAR e ÁREAS VERDES
Carlos Eduardo, Stéfani, Anderson, Taine, Elias
7 – Lot. Dona LAURA
Rosane, Tâmina, Flora, Lenir
8 – Chácara do Sol
Bianca, Jéssica, Renan, Carol.
9 – São Cristóvão e Nova Esperança
Vanderléia, Érica, Francieli, Andressa.
10 – Horta Pública
Alisson, Ivete, Dalete, Tânia
11 – Progresso e Cristal
Tatiane, Joana, Pablo, Angélica
12 – Logradouros principais (ruas, alamedas, becos, etc...)
Juliana, Biatriz, Débora.
Bom Trabalho!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A Alegria é um elemento da cultura negra!

Descobrimos tanta coisa! Ouvimos tantas histórias! No tambor e no berimbau, séculos e milênios de conhecimento humano apresentados numa roda de conversa, capoeira e muita cultura!
Na foto, Mestre Churrasco e Mestre Gio entoando toques de capoeira
Assim foi a visita que fizemos à SBU Filhos do Trabalho. Para conhecer um pouco sobre a SBU clica AQUI e veja uma outra postagem aqui deste blog.

Ouvimos sobre a trajetória da Sociedade desde sua fundação e as mudanças na sua administração e na sua atividade. Vejamos mais sobre essa tarde de muita pesquisa e muito conhecimento no texto preparado pela Évelyn:


No dia 13/05/10, educandos e educandas que cursam o Ensino Médio no Instituto Estadual Paulo Freire, fazem um trabalho sobre preconceito racial e a história e cultura afro-brasileira. Visitam a SBU Filhos do Trabalho. - Lá descobrimos a origem da associação, daquele prédio e um pouco da história dos negros e negras que lá habitaram. Texto-reportagem por Évelyn Thainá

José Gomes do Nascimento foi um dos fundadores e o primeiro presidente, em 1925, da Sociedade Beneficente União Filhos do Trabalho onde a ideia era proteger os negros poucas décadas após o fim da escravidão no Brasil.
Foi fundada em 05 de abril de 1925, no antigo Colégio Central, ao lado da Prefeitura de Uruguaiana, onde funcionou até 1927, quando foi adquirido o prédio da família Barbará, no atual endereço, Rua Íris Valls, 1889.
Nesta sede muitos bailes foram relaizados, muitas atividades festivas, sem o desprezo da elite branca da época.
Naquele tempo, Uruguaiana manifestava seu preconceito, impedindo a presença de negros e pobres nos principais salões de festa da cidade.

Cm a aquisição da Sede para a SBU foi possível promover festas e bailes, além de muitos outros eventos sociais. Garantia-se um espaço para a cultura negra com liberdade para dançar, cantar e se expressar. Além disso, a SBU também funcionou, durante um bom tempo, como entidade de assistência e caridade, amparando associados que necessitavam de ajuda finaciera, médica ou outras.

Em 1962, a SBU foi decretada entidade de utilidade pública, dados os relevantes serviçoes que prestava à parte da comunidade.

Ao longo do século XX, mudanças nas relações de trabalho e nos direitos trabalhistas acabram por levar alguns associados a se afastarem um pouco da SBU, já que com salário mínimo melhor regulamentado, com o surgimento e aprimoramento da seguridade social; as funções de assistência e caridade foram deixando de ser procuradas na SBU. Essa é a avaliação de Paulo Espíndola; atual presidente da entidade. Ele completa dizendo que, apesar disso, era possível manter a SBU como um espaço garantido para a cultura negra; mas em algum tempo, até mesmo isso foi sendo deixado de lado e quase esquecido. muitas pessoas acabaram assumindo outros compromissos e foram deixando um pouco de lado essa história

Este prédio que conhecemos hoje já foi palco de grandes artistas que passaram por Uruguaiana. Os bailes e festivais acabaram, mas hoje, um grupo de pessoas mantém o interesse e querem reconquistar a atenção da comunidade, lutando pela restauração do prédio. Desde 2008 os planos começaram a crescer e se encaminhar, mas ainda falta muito para sair do papel e começar a reforma, mesmo contando com apoio do Governo Federal na tentativa de tombamento do prédio ou na busca de convênios.

O desejo é usar o mesmo prédio, pois foi ali onde tudo começou; é ali que aconteceu toda a história. O foco é contar para a comunidade a história e poder ter as festividades como antes e uma organização com diretorias de saúde, esporte, recreação, jurídica, relações públicas, uma rádio comunitária, cultura, dança, música, teatro...

Todo e qualquer desejo é para que a comunidade tenha acesso à SBU, como um centro de cultura, museu e ponto turístico. Na verdade querem a participação da comundiade para poder acontecer um novo trabalho no prédio; pois este patrimônio é da sociedade!
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Veja também algumas imagens:

*Não deixem de comentar aqui nesse tópico, contando um pouco da nossa visita à SBU. E confiram os vídeos para o nosso debate AQUI!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

RACISMO

Talvez poucos tenham conhecido o programa de humor "Os Trapalhões".
No quadro que veremos a seguir, de forma bem humorada, como o racismo pode se manifestar de formas sutis na vida das pessoas.



Também quero repartir outro vídeo. É uma animação sobre a história de Zumbi dos Palmares; uma personalidade que vale a pena conhecer, apresentada de forma breve, mas fácil de entender:

 

Analisa os vídeos acima e deixa um comentário, dentro do contexto de nossos últimos debates em sala de aula! (principalmente turmas 1C, 1D e 2B; mas o espaço é de todo mundo que queira contribuir com esse debate!) Mãos à obra!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Pesquisa-ação: SBU Filhos do Trabalho

Conheça um pouco da história da SBU Filhos do Trabalho:

No dia 13 de maio, a turma 2B, conhecerá o prédio da entidade  e poderemos conversar mais sobre as questões relativas ao Movimento Negro, políticas afirmativas, etc...

Na volta registraremos as aprendizagens deste dia!

O Processo de Globalização

A Globalização pode ser interpretada como a atual fase da expansão do capitalismo, com impactos na economia, na política, na cultura e no espaço geográfico. Embora tenha suas raízes na expansão econômica do pós Segunda Guerra (...), trata-se da continuidade do longo processo de mundialização capitalista, de formação da economia-mundo, que já se arrasta por séculos (...) Pode-se afirmar que ela está para o capitalismo em seu atual período (...), como o colonialismo esteve para o capitalismo comercial e o imperialismo para a etaá do capitalismo industrial-financeiro. Milton Santos, importante geógrafo brasileiro, defendia que a "globalização é, de certa forma, o ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista".
Extraído, com adaptações, de MOREIRA, João Carlos & SENE, Eustaquio de. Geografia - Ensino Médio - Vol. 3. São Paulo: Scipione,2005. (p. 54)

Agora, vamos assitir o vídeo abordando alguns aspectos do processo de globalização.


Inicialmente, quando fomos falar em Globalização, a primeira ideia que surgiu foi a de "globo" ou "mundo"; e, como vimos, essa ideia está bastante aproximada do que é Globalização.
Inclusive descobrimos que a Globalização nso atinge de perto mesmo. Veja só a imagem abaixo:

Viram? De um jeito ou doutro estamos mesmo globalizados...
O que a Cris e a Carol estão tomando? Que sinais são estes que estão fazendo?
Em outros lugares seriam reconhecidos estes gestos? E a garrafa seria reconhecida também?

Aprofundando um pouco mais o debate, com apoio da leitura do livro citado acima e pesquisando também na Internet,deixa aqui o teu comentário sobre as seguintes questões:
*O que entendemos por Globalização?
*Quais são os bens e serviços, ideias, comportamentos e acontecimentos que identificamos em nosso cotidiano e que estão ligados à Globalização?

terça-feira, 4 de maio de 2010

Problemas Ambientais

Atualmente existem várias discussões mundiais sobre temas como sutentabilidade, preservação ambiental, aquecimento global, etc... Enfim, reflexos da ação humana no uso, extração e abuso dos recursos naturais, gerando impactos nem sempre proporcionais aos ganhos. Com todas estas questões na pauta, cada vez mais fala-se em consciêncioa planetária e eco-cidadania (aliás dois termos nossa atenção e pesquisa!).
E vamos levando nosso Planeta na corda bamba!

Na Etapa 3C, vamos realizar um trabalho envolvendo, pesquisa, análise, debate e exposição de ideias.
A organização inicial foi apresentada hoje à tarde e os temas e grupos são so que seguem:

1 - Água: escassez de recursos hídricos
Maria Eloá, Tâmera e Sílvia
2 - Poluição Atmosférica
Rudimar, Douglas e Paulo Antônio
3 - Ilhas de Calor
Paula, Andressa Cardoso e Andriely
4 - Inversão térmica
Alexsander, taylor, Lucas e Rodrigo
5 - Chuva Ácida
Isabel, Lorelize e Rosângela
6 - Redução da Camada de Ozônio
Juliana, Caroline e Carlos Henrique
7 - Ampliação do Efeito Estufa
Silvana, Eliziane e Bruna
8 - Vegetação e Desmatamento
Mª Elena, Mª Gabriele, Mª Araújo e Andressa Santos

A partir do tema indicado, cada grupo deverá apresentar, no mínimo, as seguintes questões:

*Caracterização e conceito: o que é?

*Efeitos e Sintomas: como se manifesta? como percebemos?
- na comundiade;
- na cidade e região;
- no estado do RS;
- no Brasil e
- no Mundo.

*Propostas e possibilidades de superação (soluções para o problema)

Para a apresentação, cada grupo terá o tempo de 15 minutos (usem cartazes, painéis, material explicativo e ilustrativo, vídeo, projeção...) e apresentará um breve relatório com as prncipais considerações do grupo que serão publicadas aqui no Blog!

Bom trabalho!
A apresentação será dia 18/05!

Presença Negra: conflitos e encontros:

O título acima dá nome ao artigo de João José Reis do qual conhecemos um  trecho no livro Geografia - Vol 1 Ensino Médio, de autoria de João Carlos Moreira e Eustáquio Sene (Ed. Scipione; São Paulo, 2005).
A partir de nossas leituras, fomos conhecendo alguns condicionantes históricos que construiram a sociedade brasileira com as marcas da diversidade, mas também marcada pela segregação.
Com as palavras de João José Reis, reproduzidas nas páginas 32 e 33 do nosso livro-texto (SENE e MOREIRA. Geografia - Ens Médio - Vol 1, Ed Scipione, São Paulo,2005), compreendemos que o fim da escravidão no Brasil lançou a população negra a um beco sem saída. Alguns autores chegam a afirmar que a Abolição foi, na verdade, uma tentativa d ese livrar dos cativos, num momento de extremo racismo em que as elites buscavam o "branqueamento" da população brasileria.

Dentro desse contexto é fácil perceber por que a população negra, ao longo de todo o século XX, figurou nas estatísticas mais negativas quanto à qualidade de vida.

E, com o apoio do nosso debate em aula, foi possível confirmar que a situação persiste até os nosso dias.

Quando lemos a entrevista de Kabengele Munaga, Professor Titular do Departamento de Antropologia da USP, (pág. 37 e 38) foi possível reviver, lembrar e dar-se conta do papel da escola - da educação -  para romper ou manter o racismo e a discriminação. Precisamos desvelar a história e a cultura afrobrasileira como matriz indissociável daquilo que somos hoje.

Abaixo, aguardo teu comentário, opinião ou conclusão sobre estes temas.
PARTICIPA!
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*Sobre Racismo e o conceito de Raça, leia mais AQUI e depois procure a professora Adriane de Ciências da Natureza, ela vai  contribuir muito nesse debate!

*Sobre a prática de racismo nos EUA e o uso de crianças negras como iscas para jacaré, leia o excelente texto de Walter Passos AQUI.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Projeto de Pesquisa 1ª Etapa - 1C e 1D

As primeiras etapas da tarde, trabalhando o foco "Compreensão da Realidade do Ponto de Vista do Desenvolvimento" estão investigando a(s) História(s) da União das Vilas.
O projeto será lançado dia 11/05, mas as turmas já estão se preparando e descobrindo muitas coisas!

Repara nessa foto, trazida pelo Diego, da 1C:
Observando a imagem foi possível identificar o local e alguns elementos diferentes nos permitiram estimar, aproximadamente, a data provável deste registro.
Já foi um baita exercício de pesquisa!

Hoje (29/04), tentamos reproduzir a mesma imagem para compararmos as modificações.

Para tentar montar o novo quadro da rua, fotografamos alguns ângulos diferentes também...
Comparem e registrem as mudanças que são possíveis perceber na paisagem.

E aguardem! Em MAIO a pesqusia começa pra valer! Vem muita coisa legal por aí!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Refletindo sobre o dia 19 de abril...

A turma 2B já pesquisou a origem do Dia do Índio no Brasil. Para conhecer é só clicar AQUI. Hoje construímos material para publicar um Mural Informativo com mais dados sobre a população indígena no Brasil.

Cada educando e educanda organizou breves informes sobre alguns tópicos e selecionou imagens para ilustrar, como veremos a seguir:

FUNAI - A Fundação Nacional do Índio é o órgão do Governo Federal brasileiro que estabelece e executa a política indigenista no Brasil, dando cumprimento ao que determina a Constituição Brasileira de 1988.
A FUNAI promove educação básica aos índios, assegura e protege as terras por eles tradicionalmente ocupadas, estimula o desenvolvimento dos estudos e levantamentos sobre grupos indígenas. A Fundação tem ainda responsabilidade de defender as comunidades indígenas, despertar interesse da sociedade nacional pelos índios e suas causas, gerir o seu patrimônio e fiscalizar suas terras impedindo ações predatórias de garimpeiros, posseiros, madereiros ou quaisquer outros que ocorram dentro dos seus limites e que representem risco à vida e à preservação desses povos.
A estrutura da FUNAI hoje: a FUNAI é integrada por um edifício sede e 45 administrações regionais, 14 núcleo de Apoio Indigenista e o Museu do Índio (RJ), 10 postos de vigilância, 344 postos indígenas distribuídos em diferentes pontos do Brasil.
Localizada em Brasília, a sede compreende Presidência, Proguradoria Geral, Auditoria, três diretorias, quatro Coordenações gerais e 13 departamentos. Para conhecer mais sobre a FUNAI, visite sua página na Internet. (por Fernanda)


Évelyn e Terezinha pesquisaram alguns tópicos sobre a Religião.

Cada nação indígena possuia crenças e rituais religiosos diferenciados. Porem, todas as tribos acreditavam nas forças da natureza e nos espíritos dos antepassados. Para estes deuses e espíritos, faziam rituais, cerimônias e festas. O pajé era o responsável por transmitir estes conhecimentos dos habitantes da tribo.
Algumas tribos chegavam a enterrar os corpos dos índios em vasos  grandes de cerâmica, onde além do cadáver ficavam os objetos pessoais. Isso prova - ou pelo menos indica - que estes povos acreditavam em uma vida após a morte.
Para saber mais clica AQUI ou AQUI.

Um importante povo indígena com presença marcante no nosso estado, foi pesquisado pelo Eduardo.
BREVE HISTÓRIA DOS KAINGANGS: os KAINGANGS encontravam-se espalhados pelo RS, SC, PR e em áreas do atual estado de SP. Viveram sempre no centro-sul do Brasil. Além da caça, pesca e coleta, viviam da agricultura e, por isso, já se fixaram na terra; eram sedentários.
Em 5 de novembro de 1808, o Conde de Linhares, MInistro de D. João VI, em carta ordenou que se fizesse uma expedição de conquista ao oeste do Paraná.
COLONIZAÇÃO: assim o ano de 1810 é marcado pela chegada aos campos de Guarapuava de uma expedição com cerca de 200 soldados equipados com armas de fogo. Durante três meses travou-se uma guerra violenta contra os kaingangs que resistiram e acabaram fugindo para o interio onde foram cada vez mais cercados pelos colonizadores.
DOMÍNIO E DOENÇAS: o kaingang vivia em florestas e eram arredios às cidades. A pacificação - o domínio do branco sobre os indígenas - ocorreu após 1930. Mais da metade foi dizimada pelas doenças dos brancos e outros tantos desapareceram pela ação das tropas de bugreiros - caçadores e matadores de índios.
OS KAINGANG HOJE: os kaingangs estão atualmente estabelecidos  em reservas assistidas pela FUNAI e pelos estados. No entanto a situação agravou-se cada vez mais deposi da destruição sistemática, oficial ou não, de seus usos, costumes e principalmenbte perda de sua identidade cultural, fruto de uma aculturação forçada.
Para conhecer mais acesse o PORTAL KAINGANG.

Na aula, estudamos e conhecemos um pouco sobre o processo de contato e conflito ocorrido entre os conquistadores europeus e as populaçõe snativas do continente americano. Em particular no Brasil, estima-se em torno de 5 milhões a população indígena no ano de 1500. Ao longo de séculos de colonização e massacre, a população indígena foi reduzida a apenas 250 mil. Só a partir daí foi possível verificar um crescimento populacional, alcançando, lá pelo ano 2000, aproximadamnete 300 mil indíviduso, distribuídos em cerca de 200 etnias e 180 idiomas diferentes. Esse primeiro período de crescimento demográfico dos nativos do continente após 1500, foi bem observado pela turma, ocorreu após o Congresso Indigenista Continental de 1940, no México.
Este fato que dá ensejo ao dia 19 de abril, é um marco na luta institucional pela garantia de direitos e preservação da cultura indígena.


Ainda assim, casos de violência e discriminação não são raros. Desde os diversos casos de tentativa de expulsão de suas reservas, pressionados por madereiros, fazendeiros, garimpeiros, etc até o triste caso de Galdino, o pataxó. Esta história foi trazida pela Luciélen.
Galdino Jesus dos Santos, também conhecido como "Índio Galdino" foi uma liderança do povo indígena Pataxó Hã-Hã-Hãe que foi queimado vivo, enquanto dormia num abrigo de ônibus, em Brasília, em 20 de abril de 1997, após participar de manifestações pelo Dia do Índio, num crime que chocou o país. Conheça mais sobre esta História clicando AQUI ou AQUI.