sexta-feira, 28 de maio de 2010

Globalização, capitalismo e crise (não necessariamente nessa mesma ordem)


Leia texto do historiador Éric Hobsbawm, em que ele fala sobre a crise financeira internacional que eclodiu desde o fim de 2008, sobre os impactos que ela teve sobre a globalização e o desenvolvimento diferenciado dos países pelo globo. Segundo ele, "a forma que terá o mundo depois desta crise segue sendo algo bastante incerto".



A terceira crise
Éric Hobsbawm *
Outra vez, estamos diante de uma crise fundamental do capitalismo. Evidentemente, o laissez-faire sempre foi o princípio fundamental do capitalismo, chamado também de livre mercado, de não intervenção política no mercado, ou livre movimento dos diferentes fatores econômicos. Esse princípio já estava globalmente generalizado na metade do século XIX.

A novidade desde os anos 70, no meu modo de ver, é que a economia mundial se globalizou, não só porque as divisas ou outros meios financeiros foram negociados internacionalmente como antes, assim como importações e exportações, mas sim porque também a produção sofreu um giro internacional e/ou multinacional. Apesar de tudo, a novidade não foi a volta do laissez-faire, o livre mercado, mas sim, a forma como ele reaparecia, convertido em um novo dogma.

A maioria dos economistas não acreditava que o capitalismo se desenvolvia a partir de uma crise constante. Acreditavam que o livre mercado sempre resolve racionalmente os problemas que cria. Consequentemente, supunha-se que se generalizaria não apenas um crescimento econômico máximo, como também um bem-estar máximo do conjunto da população. Os seres humanos são indivíduos e agentes racionais num mercado que tem sua própria racionalidade. Por isso, não deveria haver dificuldades, não fosse a intervenção dos Estados, dos políticos ou de outros atores de fora do mercado.

Parece inacreditável, hoje, mas é fato que a maioria dos economistas acreditou nisso, fervorosamente, durante mais de 30 anos. Ademais, venderam como receita política.

Creio que é justamente por isso que a crise atual pareceu surpreender a todos. Não por ter chegado, mas pelo momento em que se deu. Era bastante evidente que o modelo de desenvolvimento que havia não poderia durar eternamente, mas quanto tempo duraria não era previsível. O desaparecimento da União Soviética, provavelmente, prolongou essa tendência e facilitou o trajeto pelo qual a maioria dos países caía no programa neoliberal.

A saída da crise

Toda essa gente, hoje, não tem uma solução nas mãos. Sabem que chegaram ao seu limite, sabem que o mercado puro e livre não pode funcionar mais tempo assim – e tudo isso sem falar na questão ecológica!

Agora é fato que os governos têm que intervir, mas não sabem como, se a única coisa que eles têm nas mãos é o recurso que ensaiaram nos anos 30, e que, mesmo então, não teve êxito imediato. A crise econômica mundial que se instalou em 1929 durou uns tantos anos. Depois de tudo, foi a guerra que terminou com ela, e não a possibilidade de evitar a guerra.

Se hoje em dia vivemos uma crise semelhante, ela não se acabará no próximo ano ou no seguinte, ainda que a situação melhore algum dia, assim como depois de 1932 melhorou em âmbito mundial.

Mas para uma mudança de direção permanente, no sentido de uma nova economia mundial, será preciso muito tempo, e isso se complica ainda mais pela situação internacional. Macabramente, isso era diferente nos anos 30, já que havia internacionalmente um programa para a solução da crise: a preparação da guerra.

Hoje em dia, não é esse o caso. A forma que terá o mundo depois desta crise segue sendo algo bastante incerto.

As grandes crises que houve não são similares. A primeira, do fim do século XIX, desde a perspectiva moderna, não era uma crise, exceto para a agricultura e para os setores cujos preços caíram em decorrência dela. Os preços caíram um terço, e a agricultura era, nesse momento, claro, uma parte muito importante de todas as economias. Por outro lado, o mercado mundial e os investimentos estavam seguindo adiante, a produção aumentou enormemente. E mais: esse foi o momento em que a indústria da Inglaterra se expandiu pra outros centros. O que então fazia com que economistas como Marshall fossem pessimistas era a queda de preços, dos rendimentos e juros. Nessa situação, não se sabia como poderiam voltar os “bons tempos”. Claro que também nessa crise quem pagava era quem sofria e passava aperto.

A terceira das grandes crises, que enfrentamos hoje, está se desenvolvendo numa situação global muito diferente. Em primeiro lugar, a economia mundial se deslocou fortemente. Os centros ocidentais ainda são muito importantes. Têm um capital imenso, quase garantido, não só industrial, mas também de formação e mentalidade, e ademais, seguem sendo os com mais riqueza per capita. Mas o grande problema da nova crise é a retirada relativa dos grandes centros pelo deslocamento da produção e também dos serviços de alta qualidade para outros países. Creio que, para muitas pessoas, nos países ocidentais, as perspectivas para o século XXI são muito menos otimistas que do que para as populações dos grandes países em desenvolvimento no Oriente. É possível que não haja colapso, mas o fato da retirada, e isso também vale para a Europa, não se pode negar. Inclusive, é certo para os Estados Unidos.

Desdobramentos

Qual será o impacto político? Esse é o grande problema. A esquerda, cuja base social era a classe trabalhadora, praticamente já não existe nos países desenvolvidos.

O Brasil é um exemplo muito bom de um movimento que, para mim, como historiador, lembra-me muito o fim do século XIX na Europa: existe um vínculo entre o movimento operário das grandes indústrias com o de outros trabalhadores, com ideologia de esquerda, inclusive com os intelectuais, que dá lugar a um partido de massas. Esse, ao final, consegue levar seu principal líder ao poder, o qual é um dos poucos que foram, originalmente, de fato, proletário. Pode-se criticar muito o Lula, mas ele se corresponde com as esperanças que surgiram então na Europa. Isso não é revolucionário, mas também não o foi grande parte do movimento proletário na Europa. Queriam algo melhor que o capitalismo, mas a revolução no velho sentido não estava na ordem do dia no ocidente, nem na Europa central ou oriental, pelo menos, desde meados do século XIX. De todo modo, existe ainda um movimento de trabalhadores, mas a novidade é que a ideologia de esquerda, a ideologia originária do Iluminismo, de melhorar o ser humano e o mundo, essa ideologia teoricamente universal se viu seriamente afetada, assim como a base de massas desse movimento, e já não existe. Nem em sua forma comunista, nem na social-democrata – devem-se tratar ambas igualmente. Falou-se da crise do comunismo, que obviamente chegou ao seu final com a queda da União Soviética, mas a crise da social-democracia foi igualmente profunda e de fato ainda perdura.

E qual o resultado de tudo isso? Essas forças já não podem ser hegemônicas – mesmo que alguns partidos que haviam sido criações socialistas ainda existam, eles mudaram totalmente. O novo trabalhismo já não é o trabalhismo. Em alguns países, como a Alemanha, a tradição da social-democracia não se desenvolveu tanto quanto na Inglaterra, mas lá também mudou radicalmente. Contra tudo isso, vêm esses novos fenômenos: tenho medo porque, nos anos 30, não foi a esquerda a beneficiária da grande crise em boa parte da Europa, e sim, o contrário. Com exceção dos Estados Unidos, que giraram, naquele tempo, relativamente à esquerda, houve uma retração de toda a esquerda na Europa frente à ascensão do fascismo, de um movimento fascista que não podemos negar que tinha uma base social de massa. Assim era não só na Itália e na Alemanha, mas em países menores também. Disso, tenho medo.

Trata-se de movimentos que, em tese, não estão vinculados ao livre mercado. Nos últimos 50 anos, o conservadorismo e o livre mercado se aproximaram tanto que, nos Estados Unidos e na Europa, chegaram a ser praticamente a mesma coisa. Os conservadores são gente que insiste no livre mercado. Mas esse não é o caso da extrema direita, que não tem medo de romper tabus. A isso se acrescenta a insegurança total da ordem mundial.

Portanto, a curto prazo, não sou muito otimista. No transcurso dos próximos 20 ou 30 anos, será gerado um novo sistema mundial, assim, o capitalismo poderia continuar funcionando outros 30 ou 40 anos até que suas contradições internas se desenvolvam outra vez – a não ser que, enquanto isso, aconteçam catástrofes, o que nunca é impossível. Mas o que acontecerá com os interesses sociais das populações e dos povos, isso, absolutamente, não está claro.

De todo modo, pelo que sei, não há sociedade em que não exista o conceito de injustiça. Por isso, não deveria haver nenhuma em que pessoas não se indignem contra ela.



* Esse texto é parte de uma entrevista publicada na revista espanhola “El Viejo Topo” (www.elviejotopo.com) em dezembro de 2009. Originalmente publicada em alemão, no livro Zwischenwelten und Übergangszeiten. Interventionen und Wortmeldunge (traduzindo para o português, “Mundos Intermediários e Períodos de Transição. Intervenções e Mensagens.”), que contém artigos e entrevistas de Éric J. Hobsbawm e foi editado por Friedrich-Martin Balzer e Georg Fülberth, editora PapyRossa Verlag, Colônia, Alemanha.Tradução de Alessandra Terribili.

 Destaca fragmentos do texto que apontam elementos da relação GLOBALIZAÇÃO e CAPITALISMO.
 É possível relacionar este texto com as leituras de nossas últimas aulas? De que maneira? Em que contextos?
 Aponta as desigualdades percebidas no processo de globalização.
PENSA nessas [e em outras] questões e depois escreve um BOM TEXTO sobre o processo de globalização que vivemos atualmente. Apresenta tuas posições sobre este processo, com dados e informações nas quais te embasa.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

História afrobrasileira.

Após nossos debates, visita e muita leitura; a turma dividiu alguns temas para publicarmos um informativo. O resultado inicial é o seguinte:
QUILOMBOS
Quilombo era uma pequena África onde os negros procuravam resgatar suas raízes.
Inclusive abandonando os nomes recebidos dos escravistas e trocando por outros de origem africana.
Existiram vários quilombos no Brasil, entre os séculso XVI e XIX. O mais conhecido e mais famoso de todos foi o Quilombo dos Palmares.

A partir do século XVI o Quilombo dos Palmares tornou-se centro de resistência de milhares de negros e mulatos escravos fugitivos de fazendas e vilas do nordeste.
Palmares localizava-se em uma área montanhosa, de 150 Km de comprimento e 50Km de largura, na Serra da Barriga, nos estados de Alagoas e Pernambuco, próximo ao litoral, coberta de florestas de palmeiras, daí o nome palmares.

Palmares durou cerca de 100 anos, de 1590 a 1694, quando foi destruído.

Palmares e Zumbi são símbolos de resistência para os afrodescendentes, daí o dia 20 de novembro, data da morte de Zumbi, ter sido institutído como o Dia Nacional da Consciência Negra.
texto de Fernanda e Terezinha

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Racismo:esta luta é de todos.
O que é racismo?
Preconceito ou discriminação em relação a indivíduo considerado de outra raça!

Hoje no mundo em que vivemos nos deparamos com varios tipos de preconceitos,não só o racial,mas também o politico,religioso...e tantos outros...mas o racial continua sendo o maior deles.
Durante muito tempo o negro foi mal tratado e considerado inferior por causa, unicamengte, da cor de sua pele; foi escravizado, humilhado e muitas vezes, obrigado a adotar uma cultura e uma religião que não era a sua.
Os tempos mudaram, os pensamentos evoluiram, mas o negro continua cada dia sofrendo o mesmo preconceito e lutando para conquisatr seu espaço com dignidade.
Racismo: esta luta é de todos! Somente a partir de quando o ser humano começar a pensar e agir d emaneira diferente, acreditando que é possível, sim, conviver com as diferenças de todo tipo, poderemos começar a construção de um novo mundo; pois apesar das diferenças somos todos iguais.
por Luciélen.

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Sociedade Beneficente União Filhos Do trabalho (relato de Augusto)

A SBU foi fundada no dia 05 de abril de 1925 , por José Gomes do Nascimento no antigo colegio Central, ao lado da prefeitura de Uruguaiana e funcionou lá até 1927, quando foi adquirido o predio da familia Barbará no endereço atual Rua Iris Valls, 1889.

Lá foram realizadas muitas festas e bailes, sem nenhum tipo de preconceito. A Sociedade foi fundada com a intenção de proteger os negros logo após o fim da escravidão e porque naquela época os negros eram proibidos de frequentar os principais Clubes da cidade . E assim, tanto como os negros, a S B U ajudou também varios outros necessitados de ajuda financeira , médica e etc .

sábado, 15 de maio de 2010

Lançamento do Projeto - Pesquisa da Realidade

Projeto de Pesquisa
Há mais de 20 anos, o debate sobre o meio-ambiente e as condições de vida da comunidade já estavam na pauta! A foto acima, trazida pela educanda Ivete (1D), nos mostra isso; são estudantes da 8ª série da EMEF Moacyr Ramos Martins, em meados da década de 80, protestando contra a proximidade do lixão municipal dos moradores daqui.
De lá para cá, muita coisa mudou. O lixão não está mais ali, apesar de ainda continuar sendo um grave problema em nossa cidade.
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Queremos, com esse pequeno exemplo, mostrar que SIM, temos história. Mesmo que em alguns momentos nem "nos coloquem no mapa", aqui na União das Vilas há muitas histórias esperando para ser descbertas e contadas. Esse é o nosso desafio daqui pra frente no Projeto de Pesquisa das etapas 1C e 1D.
No lançamento do Projeto com a turma 1D, a educadora Ediles, vice-diretora do turno da Tarde esteve conosco conversando sobre a importância do ato de pesquisar dentro de nossa proposta de escola. Resgatando elementos do pensamento de Paulo Freire e da práxis dos 9 anos de IEPF na União das Vilas, ela contribuiu com nossa reflexão .

Com este lançamento foi possível devolver várias questões levantadas pelas próprias Etapas 1C e 1D, fortalecendo o desafio coletivo de construir conhecimento a partir da realidade, com o objetivo de compreendê-la e, compreendendo, intervir.
"Eu tô gostando de estudar aqui. Eu, na minha idade, ativei a minha mente. Eu tô começando a pensar e analisar um monte de coisa que antes eu não via." Tânia Regina dos Santos, 49 anos, educanda da 1D

Com declarações marcantes como essa acima, formalizamos também os eixos que orientarão nosso trabalho, as ferramentas e metodologias de pesquisa que estarão ao nosso alcance e algumas possibilidades de divulgação dos resultados. Com a turma 1 C a apresentação foi na aula de sexta-feira, dia 14/05.
PROJETO ETAPA 1
Por ora, vamos listar os temas e os/as pesquisadores/as selecionados para cada questão. Confira:

1 - Início da Ocupação
Any, Jéssica, Vanessa e Ariane
2 - Trevo da Morte e DNER
Kimberly, Kariele, Keiti, Diovana e Graciely.
3 - Indicadores sociais
Tieli, Ana Paula, Ana Claudia, Joyce
4 – Inventário de estabelecimentos comerciais, culturais e religiosos (2 grupos)
Romário, Djaime, Éverton, Danilo, Joantan, Eduardo.
5 – PROMORAR e Salso
Andrew, Roger, Kenedy, Alexandra.
6 – PROFICAR e ÁREAS VERDES
Carlos Eduardo, Stéfani, Anderson, Taine, Elias
7 – Lot. Dona LAURA
Rosane, Tâmina, Flora, Lenir
8 – Chácara do Sol
Bianca, Jéssica, Renan, Carol.
9 – São Cristóvão e Nova Esperança
Vanderléia, Érica, Francieli, Andressa.
10 – Horta Pública
Alisson, Ivete, Dalete, Tânia
11 – Progresso e Cristal
Tatiane, Joana, Pablo, Angélica
12 – Logradouros principais (ruas, alamedas, becos, etc...)
Juliana, Biatriz, Débora.
Bom Trabalho!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A Alegria é um elemento da cultura negra!

Descobrimos tanta coisa! Ouvimos tantas histórias! No tambor e no berimbau, séculos e milênios de conhecimento humano apresentados numa roda de conversa, capoeira e muita cultura!
Na foto, Mestre Churrasco e Mestre Gio entoando toques de capoeira
Assim foi a visita que fizemos à SBU Filhos do Trabalho. Para conhecer um pouco sobre a SBU clica AQUI e veja uma outra postagem aqui deste blog.

Ouvimos sobre a trajetória da Sociedade desde sua fundação e as mudanças na sua administração e na sua atividade. Vejamos mais sobre essa tarde de muita pesquisa e muito conhecimento no texto preparado pela Évelyn:


No dia 13/05/10, educandos e educandas que cursam o Ensino Médio no Instituto Estadual Paulo Freire, fazem um trabalho sobre preconceito racial e a história e cultura afro-brasileira. Visitam a SBU Filhos do Trabalho. - Lá descobrimos a origem da associação, daquele prédio e um pouco da história dos negros e negras que lá habitaram. Texto-reportagem por Évelyn Thainá

José Gomes do Nascimento foi um dos fundadores e o primeiro presidente, em 1925, da Sociedade Beneficente União Filhos do Trabalho onde a ideia era proteger os negros poucas décadas após o fim da escravidão no Brasil.
Foi fundada em 05 de abril de 1925, no antigo Colégio Central, ao lado da Prefeitura de Uruguaiana, onde funcionou até 1927, quando foi adquirido o prédio da família Barbará, no atual endereço, Rua Íris Valls, 1889.
Nesta sede muitos bailes foram relaizados, muitas atividades festivas, sem o desprezo da elite branca da época.
Naquele tempo, Uruguaiana manifestava seu preconceito, impedindo a presença de negros e pobres nos principais salões de festa da cidade.

Cm a aquisição da Sede para a SBU foi possível promover festas e bailes, além de muitos outros eventos sociais. Garantia-se um espaço para a cultura negra com liberdade para dançar, cantar e se expressar. Além disso, a SBU também funcionou, durante um bom tempo, como entidade de assistência e caridade, amparando associados que necessitavam de ajuda finaciera, médica ou outras.

Em 1962, a SBU foi decretada entidade de utilidade pública, dados os relevantes serviçoes que prestava à parte da comunidade.

Ao longo do século XX, mudanças nas relações de trabalho e nos direitos trabalhistas acabram por levar alguns associados a se afastarem um pouco da SBU, já que com salário mínimo melhor regulamentado, com o surgimento e aprimoramento da seguridade social; as funções de assistência e caridade foram deixando de ser procuradas na SBU. Essa é a avaliação de Paulo Espíndola; atual presidente da entidade. Ele completa dizendo que, apesar disso, era possível manter a SBU como um espaço garantido para a cultura negra; mas em algum tempo, até mesmo isso foi sendo deixado de lado e quase esquecido. muitas pessoas acabaram assumindo outros compromissos e foram deixando um pouco de lado essa história

Este prédio que conhecemos hoje já foi palco de grandes artistas que passaram por Uruguaiana. Os bailes e festivais acabaram, mas hoje, um grupo de pessoas mantém o interesse e querem reconquistar a atenção da comunidade, lutando pela restauração do prédio. Desde 2008 os planos começaram a crescer e se encaminhar, mas ainda falta muito para sair do papel e começar a reforma, mesmo contando com apoio do Governo Federal na tentativa de tombamento do prédio ou na busca de convênios.

O desejo é usar o mesmo prédio, pois foi ali onde tudo começou; é ali que aconteceu toda a história. O foco é contar para a comunidade a história e poder ter as festividades como antes e uma organização com diretorias de saúde, esporte, recreação, jurídica, relações públicas, uma rádio comunitária, cultura, dança, música, teatro...

Todo e qualquer desejo é para que a comunidade tenha acesso à SBU, como um centro de cultura, museu e ponto turístico. Na verdade querem a participação da comundiade para poder acontecer um novo trabalho no prédio; pois este patrimônio é da sociedade!
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Veja também algumas imagens:

*Não deixem de comentar aqui nesse tópico, contando um pouco da nossa visita à SBU. E confiram os vídeos para o nosso debate AQUI!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

RACISMO

Talvez poucos tenham conhecido o programa de humor "Os Trapalhões".
No quadro que veremos a seguir, de forma bem humorada, como o racismo pode se manifestar de formas sutis na vida das pessoas.



Também quero repartir outro vídeo. É uma animação sobre a história de Zumbi dos Palmares; uma personalidade que vale a pena conhecer, apresentada de forma breve, mas fácil de entender:

 

Analisa os vídeos acima e deixa um comentário, dentro do contexto de nossos últimos debates em sala de aula! (principalmente turmas 1C, 1D e 2B; mas o espaço é de todo mundo que queira contribuir com esse debate!) Mãos à obra!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Pesquisa-ação: SBU Filhos do Trabalho

Conheça um pouco da história da SBU Filhos do Trabalho:

No dia 13 de maio, a turma 2B, conhecerá o prédio da entidade  e poderemos conversar mais sobre as questões relativas ao Movimento Negro, políticas afirmativas, etc...

Na volta registraremos as aprendizagens deste dia!

O Processo de Globalização

A Globalização pode ser interpretada como a atual fase da expansão do capitalismo, com impactos na economia, na política, na cultura e no espaço geográfico. Embora tenha suas raízes na expansão econômica do pós Segunda Guerra (...), trata-se da continuidade do longo processo de mundialização capitalista, de formação da economia-mundo, que já se arrasta por séculos (...) Pode-se afirmar que ela está para o capitalismo em seu atual período (...), como o colonialismo esteve para o capitalismo comercial e o imperialismo para a etaá do capitalismo industrial-financeiro. Milton Santos, importante geógrafo brasileiro, defendia que a "globalização é, de certa forma, o ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista".
Extraído, com adaptações, de MOREIRA, João Carlos & SENE, Eustaquio de. Geografia - Ensino Médio - Vol. 3. São Paulo: Scipione,2005. (p. 54)

Agora, vamos assitir o vídeo abordando alguns aspectos do processo de globalização.


Inicialmente, quando fomos falar em Globalização, a primeira ideia que surgiu foi a de "globo" ou "mundo"; e, como vimos, essa ideia está bastante aproximada do que é Globalização.
Inclusive descobrimos que a Globalização nso atinge de perto mesmo. Veja só a imagem abaixo:

Viram? De um jeito ou doutro estamos mesmo globalizados...
O que a Cris e a Carol estão tomando? Que sinais são estes que estão fazendo?
Em outros lugares seriam reconhecidos estes gestos? E a garrafa seria reconhecida também?

Aprofundando um pouco mais o debate, com apoio da leitura do livro citado acima e pesquisando também na Internet,deixa aqui o teu comentário sobre as seguintes questões:
*O que entendemos por Globalização?
*Quais são os bens e serviços, ideias, comportamentos e acontecimentos que identificamos em nosso cotidiano e que estão ligados à Globalização?

terça-feira, 4 de maio de 2010

Problemas Ambientais

Atualmente existem várias discussões mundiais sobre temas como sutentabilidade, preservação ambiental, aquecimento global, etc... Enfim, reflexos da ação humana no uso, extração e abuso dos recursos naturais, gerando impactos nem sempre proporcionais aos ganhos. Com todas estas questões na pauta, cada vez mais fala-se em consciêncioa planetária e eco-cidadania (aliás dois termos nossa atenção e pesquisa!).
E vamos levando nosso Planeta na corda bamba!

Na Etapa 3C, vamos realizar um trabalho envolvendo, pesquisa, análise, debate e exposição de ideias.
A organização inicial foi apresentada hoje à tarde e os temas e grupos são so que seguem:

1 - Água: escassez de recursos hídricos
Maria Eloá, Tâmera e Sílvia
2 - Poluição Atmosférica
Rudimar, Douglas e Paulo Antônio
3 - Ilhas de Calor
Paula, Andressa Cardoso e Andriely
4 - Inversão térmica
Alexsander, taylor, Lucas e Rodrigo
5 - Chuva Ácida
Isabel, Lorelize e Rosângela
6 - Redução da Camada de Ozônio
Juliana, Caroline e Carlos Henrique
7 - Ampliação do Efeito Estufa
Silvana, Eliziane e Bruna
8 - Vegetação e Desmatamento
Mª Elena, Mª Gabriele, Mª Araújo e Andressa Santos

A partir do tema indicado, cada grupo deverá apresentar, no mínimo, as seguintes questões:

*Caracterização e conceito: o que é?

*Efeitos e Sintomas: como se manifesta? como percebemos?
- na comundiade;
- na cidade e região;
- no estado do RS;
- no Brasil e
- no Mundo.

*Propostas e possibilidades de superação (soluções para o problema)

Para a apresentação, cada grupo terá o tempo de 15 minutos (usem cartazes, painéis, material explicativo e ilustrativo, vídeo, projeção...) e apresentará um breve relatório com as prncipais considerações do grupo que serão publicadas aqui no Blog!

Bom trabalho!
A apresentação será dia 18/05!

Presença Negra: conflitos e encontros:

O título acima dá nome ao artigo de João José Reis do qual conhecemos um  trecho no livro Geografia - Vol 1 Ensino Médio, de autoria de João Carlos Moreira e Eustáquio Sene (Ed. Scipione; São Paulo, 2005).
A partir de nossas leituras, fomos conhecendo alguns condicionantes históricos que construiram a sociedade brasileira com as marcas da diversidade, mas também marcada pela segregação.
Com as palavras de João José Reis, reproduzidas nas páginas 32 e 33 do nosso livro-texto (SENE e MOREIRA. Geografia - Ens Médio - Vol 1, Ed Scipione, São Paulo,2005), compreendemos que o fim da escravidão no Brasil lançou a população negra a um beco sem saída. Alguns autores chegam a afirmar que a Abolição foi, na verdade, uma tentativa d ese livrar dos cativos, num momento de extremo racismo em que as elites buscavam o "branqueamento" da população brasileria.

Dentro desse contexto é fácil perceber por que a população negra, ao longo de todo o século XX, figurou nas estatísticas mais negativas quanto à qualidade de vida.

E, com o apoio do nosso debate em aula, foi possível confirmar que a situação persiste até os nosso dias.

Quando lemos a entrevista de Kabengele Munaga, Professor Titular do Departamento de Antropologia da USP, (pág. 37 e 38) foi possível reviver, lembrar e dar-se conta do papel da escola - da educação -  para romper ou manter o racismo e a discriminação. Precisamos desvelar a história e a cultura afrobrasileira como matriz indissociável daquilo que somos hoje.

Abaixo, aguardo teu comentário, opinião ou conclusão sobre estes temas.
PARTICIPA!
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*Sobre Racismo e o conceito de Raça, leia mais AQUI e depois procure a professora Adriane de Ciências da Natureza, ela vai  contribuir muito nesse debate!

*Sobre a prática de racismo nos EUA e o uso de crianças negras como iscas para jacaré, leia o excelente texto de Walter Passos AQUI.